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5 de maio: manifestação nacional contra o golpismo da grande mídia

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Nesta quinta-feira (5), entidades e movimentos sociais irão às ruas em diversas cidades do Brasil com a bandeira “Monopólio é golpe”. Em São Paulo, o ato se concentrará às 18h no Vão Livre do MASP, na avenida Paulista.

A proposta é fortalecer a denúncia sobre a participação de grupos da mídia tradicional no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O processo hoje está em curso por motivos políticos que deixam a justiça de lado e configuram um golpe de setores de direita. A mobilização é convocada pela Frente Brasil Popular e pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, organizações compostas por centrais e movimentos como a Marcha Mundial das Mulheres, CUT, UNE, entre muitos outros.

O que se evidencia é que, como em outros momentos da história brasileira, a grande mídia serve como o influenciador da opinião pública, com atuação nas mais fortes emissoras de rádio e televisão, em jornais, revistas e em meios online. “A imprensa tradicional sempre esteve envolvida no centro das conspirações da política brasileira e agora, nesta articulação do golpe, não foi diferente. Na ditadura militar, essa mesma imprensa ajudou a elaborar o AI-5 junto ao Ex-ministro da Justiça Vicente Rao. Hoje, ela é o centro ideológico e propagandeador das ideias do golpe institucional que o Brasil está sofrendo”, afirma Ana Flávia Marx, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

O envolvimento dos veículos de comunicação no golpe diz respeito a uma disputa de poder e de interesses privados. Segundo Adriana Magalhães, da CUT-SP, “os grandes veículos de comunicação têm promovido um golpe contra a democracia, contra um governo que foi eleito com 54 milhões de votos, mas também um golpe contra a classe trabalhadora em nome da disputa político-partidária. São desprezados os avanços de um projeto societário, os avanços que milhões de pessoas tiveram com a inclusão dos programas sociais, com a elevação do salário mínimo, pelos interesses escusos de setores que envolvem os empresários dos grandes veículos de comunicação, que estão inclusive envolvidos em escândalos de corrupção”.

Além da denúncia sobre a atuação da mídia na conjuntura atual, os movimentos também propõem alternativas para a regulamentação da mídia no país. “Defendemos a democratização da comunicação. A comunicação no Brasil é dominada por apenas 6 famílias. Isso fere a constituição porque cria um monopólio cruzado dos meios, além da presença de vários políticos dominando os meios, o que também é ilegal. A comunicação é um direito. Mas, da forma que está hoje, representa os interesses das classes dominantes, e não da população, das mulheres, negras e negros, trabalhadoras e trabalhadores.  Queremos nosso direito para que possamos fortalecer uma comunicação feminista, que ouça as mulheres e seja feita por elas”, defende Bruna Provazi, da Marcha Mundial das Mulheres.

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