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8 DE MARÇO É DIA DE LUTA: resistência feminista segue em marcha em defesa da aposentadoria, contra a violência, por democracia e justiça

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O “Dia Internacional de Luta das Mulheres”, 8 de março, é um marco na luta feminista mundial. Neste 2019, inúmeros são os desafios que colocam as mulheres em uma das principais frentes de resistência contra o avanço do conservadorismo e do neoliberalismo no Brasil e no mundo. A herança golpista e de retrocessos do governo Temer aprofunda-se diariamente sob a gestão bolsonarista; é preciso, pois, fazer o enfrentamento nas ruas, nas redes e nos roçados.

Em todo o país, as mulheres sairão às ruas contra os retrocessos impostos diariamente pelo governo Bolsonaro. A defesa da aposentadoria, contra atual proposta de Reforma da Previdência, é um dos pontos centrais dessa luta, pois suas consequências para a vida das mulheres serão desastrosas. As rígidas mudanças no texto constitucional, como o aumento da idade mínima para obter o benefício, desconsideram as desigualdades entre homens e mulheres no trabalho e nas diversas esferas sociais. Essa proposta explicita o descaso do governo, que ataca as condições de vida das mulheres, principalmente as das trabalhadoras rurais, das mulheres negras e das mulheres que vivem em situação de pobreza. São as mães, trabalhadoras e chefes de família que perdem a cada dia seus direitos e têm suas vidas precarizadas.

Além disso, as mulheres denunciam o aumento da militarização, a criminalização dos movimentos sociais, a política de destruição e entrega dos recursos naturais ao capital estrangeiro.

O avanço do projeto da direita no Brasil é na América Latina ataca os direitos dos povos indígenas em seus territórios, e as mulheres reivindicam soberania popular. A batalha travada pelo povo venezuelano na resistência contra o ataque imperialista ao país é hoje a luta de todos os povos latino-americanos por autodeterminação. Por isso, a Marcha Mundial das Mulheres se solidariza com o povo venezuelano e pede paz na Venezuela!

Contra a violência patriarcal e racista, as mulheres vão às ruas lutas por autonomia, justiça e liberdade. Denunciam o conservadorismo dos que querem censurar o pensamento crítico nas escolas, dos que tentam de todas as formas controlar o corpo e a sexualidade das mulheres. O 8 de março será um dia para trazer a memória de tantas mulheres que foram assassinadas pela violência do patriarcado, da polícia, do racismo e do capital.

Em diversas capitais e cidades do interior do país as mulheres dos movimentos sociais, feministas, sindicais e populares estão se auto-organizando, construindo atos massivos que sintetizem a força do feminismo, das mulheres organizadas e em luta. A preparação da MMM está a todo vapor, com reuniões, oficinas, panfletagens, ensaios da batucada, palavras de ordem, produção de cartazes e faixas. Em São Paulo (SP), o lema é “Mulheres contra Bolsonaro! Vivas por Marielle, em Defesa da Previdência, por Democracia e Direitos”, convergindo com as pautas de cidades como Natal, Mossoró e Parelhas, no Rio Grande do Norte. Já em Fortaleza (CE), “Somos todas Marielles” reaviva a lembrança da ativista Marielle Franco, assassinada há quase um ano, em um crime até agora sem respostas.

Cidades como Salvador, Curitiba, Juiz de Fora e Distrito Federal têm como pontos centrais da luta pela vida, a liberdade, a resistência, a justiça e os direitos. Já em Porto Alegre, além desses, o “aborto legal e seguro” e a “defesa de uma educação não sexista e libertadora” ganham destaque.

Belo Horizonte traz como mote da manifestação “O lucro não Vale a vida”, chamando atenção para os crimes ambientais ocorridos na região nos últimos anos. Em estados como Paraíba e Pernambuco, “democracia, Reforma da Previdência e perda de direitos” estão entre os principais pontos levantados pelas mulheres.

A luta diária contra o machismo, o racismo, a lesbofobia, o enfrentamento ao capitalismo racista e patriarcal, ganha as ruas para dizer: não queremos essa política de retrocessos, de precarização e de injustiça social!

Com palavras de ordem, batucadas e muita resistência, as mulheres ocuparão as ruas para enfrentar o projeto ultraliberal e conservador desse governo que governa para poucos e aprofunda as desigualdades!

No 8 de março, e todos os dias, seguiremos em marcha por democracia, direitos e soberania popular!

#8DeMarço #ResistenciaFeminista #MulheresQueremAposentar #VivasPorMarielle

Confira abaixo agenda de mobilizações para o oito de março de 2019:

 

SP

São Paulo
16h no MASP (Av. Paulista)

Campinas
16h30 no Largo do Rosário

RJ

Rio de Janeiro
17h na Candelária

RN

Mossoró
08h no INSS (Bairro Aeroporto), com percurso até o centro da cidade

Natal
15h no INSS (Rua Apodi), com caminhada até a Praça dos 3 Poderes

Parelhas
07h na Cooperativa

AL

Maceió
09h na Praça Deodoro

PE

Recife
14h na Praça do Derby

Garanhuns
9/3, às 09h no Largo do Colunata

Caruaru
14/03, às 8h, em frente ao INSS

RS

Porto Alegre
18h na Esquina democrática
+ Feira de Economia Solidária o dia inteiro no Largo Glicênio Peres

Livramento
Marcha Binacional às 8h30 na Praça General Osório
+ mateada, oficinas e atividades culturais das 10h às 17h30 no Parque Internacional

Rio Grande
16h no Coreto da Praça Tamandaré

Santa Maria
16h intervenções culturais, 18h ato na Praça Saldanha Marinho

São Leopoldo
16h na Câmara de Vereadores (Rua Independência, 66)

Caxias do Sul
9h30 abraço ao INSS, 10h30 caminhada até a Praça Dante + atvs na Praça pela tarde

Bagé
18h na Praça do Coreto

 

MG

Belo Horizonte
17h na Praça Raul Soares

Juiz de Fora
18h no Parque Halfeld

Simonesia
16h na Praça Getúlio Vargas (Centro)

 

CE

Fortaleza
16h na Praça da Justiça (Murilo Borges)

PB

João Pessoa
14h na Praça Pedro Américo (em frente ao Teatro Santa Rosa)

Patos
7h30 na Concha Acústica

 Cajazeiras
08h em frente à Delegacia da Mulher

PA

Belém
8h30 no Mercado de São Brás

 

PR
Londrina
17h concentração no Bosque + 18h30 Aula pública (Concha) + 19h30 “As marcas no corpo” + 20h shows

Foz do Iguaçu
18h no Bosque Guarani

Castro
16h na Praça Pedro Kaled

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