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Frente Brasil Popular realiza o 1º Encontro de Comunicadores/as pela Democracia

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No último final de semana, a Frente Brasil Popular realizou em São Paulo o 1º Encontro de Comunicadores/as pela Democracia. A atividade contou com a participação de mais de 80 militantes comunicadores de todo o país e buscou debater a política nacional de comunicação da Frente e a estratégia para a próxima fase da luta política pela democracia.

O debate sobre a atual conjuntura política que abriu o encontro, com a presença de João Paulo (MST), Adilson Araújo (CTB) e Janeslei Albuquerque (CUT), ressaltou os desafios políticos que temos para o próximo período. Para Janeslei, a direita brasileira não tem projetos, pois seus objetivos são apenas saquear as nossas riquezas. Por isso, defendeu, é fundamental a unidade dos movimentos sociais neste momento em que os nossos direitos estão fortemente ameaçados pelos golpistas que estão hoje no poder.

Durante a tarde, na roda de conversa “A contra narrativa em rede”, comunicadoras e comunicadores de diversos meios relataram os desafios de produzir uma comunicação militante e alternativa aos grandes meios. A roda contou com a participação de Jéssika Martins (Marcha Mundial das Mulheres), Larissa Gould (Jornalistas Livres), Paulo Salvador (TVT), Vivian Fernandes (Brasil de Fato), Bruno Martim (Mapa da Democracia) e Rosário (Rádio da Legalidade). Martim destacou a importância de os movimentos sociais estarem atentos aos debates da segurança na rede. Jéssika compartilhou experiências da comunicação militante feminista e reforçou a necessidade de a comunicação ser parte dos processos dos movimentos sociais.

A última discussão do dia debateu a política de comunicação da Frente Brasil Popular. O período recente mostrou a importância da democratização dos meios de comunicação, já que grandes mídias como a Rede Globo foram centrais no fortalecimento do golpe, disseminando mentiras e escondendo do público casos de corrupção de determinados políticos e partidos de direita.

No domingo, os comunicadores participaram de oficinas de audiovisual, fotografia, redes sociais, transmissão ao vivo, diagramação e produção de textos. Para Iolanda Depizzol, Jornalista Livre que colaborou na oficina de audiovisual, a principal importância do vídeo a da divulgação nas redes sociais é “permitir que o próprio sujeito da fala possa ter o controle sobre a criação, edição e divulgação de seu produto audiovisual, tudo isso em um aparelho que já possui em mãos, e desenvolvendo cada vez mais consciência sobre essas etapas de produção, passando de espectador passivo para criador.”

Bruna Provazi, militante da Marcha Mundial das Mulheres e oficineira, o mais interessante da oficina de audiovisual foi a presença massiva de mulheres. Ela afirmou que “geralmente as mulheres não são maioria nessa área. As experiências compartilhadas foram muito interessantes. É muito importante que as mulheres se apropriem dessas tecnologias acessíveis, livre dos programas proprietários de edição e das câmeras que são caras, certamente essa experiência vai contribuir em empoderá-las nessa área”.

Os comunicadores, as comunicadoras e todas as pessoas que se organizam na Frente Brasil Popular e na luta contra o golpe e os retrocessos precisam fortalecer a luta pela democratização dos meios de comunicação, contra o limite de banda de internet e os retrocessos no campo da garantia do direito à comunicação e liberdade de expressão. A partir deste encontro, esperamos estar mais conectados para construir a comunicação colaborativa e popular na luta pela democracia.

 

 

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