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Mulheres denunciam preço abusivo do gás de cozinha em Fortaleza

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A Marcha Mundial das Mulheres no Ceará (MMM) realizou na segunda-feira (11), na Praça do Ferreira, em Fortaleza, uma tribuna livre para denunciar a política abusiva de preços da Petrobrás, que tem aumentado sistematicamente o preço do gás de cozinha, da gasolina e do diesel. O ato contou ainda com a participação das companheiras do MST e da Fetrace.

As mulheres aproveitaram o momento para panfletar e conversar com a população sobre o impacto da política do (des)governo de Michel Temer na vida das mulheres, que tem levado muitas delas a voltarem a cozinhar com carvão, lenha e até mesmo álcool de cozinha. “Quem sofre com esse aumento somos nós donas de casa. Somos nós que sabemos o quanto dói no nosso bolso. Tem gente que só liga seu fogão a gás para fazer o almoço. E o jantar? Não tem não! Com esse aumento que tá aí onde vamos parar?”, denunciou Maria Assunção da MMM.

Para Ticiana Studart, da MMM, a única saída para a crise que o país enfrenta passa pela retomada da democracia e pela defesa dos direitos do povo. “Estamos aqui para denunciar o aumento no preço do gás de cozinha, mas também para fazer a disputas com os golpistas em torno das nossas matrizes energéticas. Não existe alternativa para a classe trabalhadora que não seja denunciar o golpe que tá acontecendo no Brasil e denunciar a retirada de direitos que nós brasileiros estamos sofrendo”, enfatizou.

Segundo Liduína Marques, diretora da Fetrace, tudo que estamos passando hoje no Brasil ainda é fruto do golpe dado na ex-presidenta Dilma Rousseff. “Hoje nosso companheiro Lula é um preso político. Eles prendendo Lula acham que vão resolver o problema. Não vão.”, afirmou.

Já para Margarida Oliveira, do MST, enquanto houver injustiça nesse país, os movimentos estarão na luta. “Não admitimos tanto retrocesso neste país. Por isso, nós dizemos sim: Lula livre, Lula inocente, Lula presidente”.

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SAIBA MAIS

Segundo o IBGE, cerca de 12,3 milhões de domicílios passaram a usar lenha e carvão para cozinhar, sendo que são as mulheres e a população negra pobre que mais fazem uso de outros tipos de combustíveis para preparar os alimentos. Por isso, por todo o país tem aumentado o número de mulheres e crianças atendidas com graves queimaduras em incêndios domésticos, decorrente do uso de substâncias diversas para cozinhar, já que não possuem dinheiro para comprar o gás de cozinha. O preço do gás de cozinha também interfere no trabalho das mulheres. Além de serem responsáveis pelo trabalho doméstico, são condicionadas agora ao sobre-trabalho, já que cozinhar à lenha é mais trabalhoso, exige o tempo e o esforço de buscar a lenha, em geral longe.

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