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Para que a vida esteja no centro: mobilização popular para derrotar o bolsonarismo

[Observação: este é um texto em construção. Se você participou de alguma manifestação que deva ser incluída aqui, envie uma mensagem para o coletivo nacional de comunicadoras da MMM ou por email [email protected]]

Milhares de pessoas voltaram às ruas de todo o Brasil neste sábado (19) para reivindicar direitos. São mulheres e homens que vivem em um país que voltou ao mapa da fome e em que o desemprego e a precarização do trabalho crescem exponencialmente. Um país que já enterrou 500 mil pessoas, vítimas da covid-19 e também do governo Bolsonaro, que optou por não promover políticas de combate à pandemia, sentenciando pessoas a se tornarem números.

O #19JForaBolsonaro se espalhou por todo o país e em 18 países e demonstrou que cresce o descontentamento com o governo genocida de Bolsonaro e Mourão. No dia em que o país atingiu a trágica mais de 500 mil mortos na pandemia, fomos mais de 700 mil manifestantes nas ruas para exigir Fora Bolsonaro, vacina no braço, comida no prato e auxílio emergencial. As organizações sociais e movimentos populares, centrais sindicais, partidos de esquerda e outras organizações promoveram atos em mais de 400 cidades espalhadas Brasil afora.

A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) se somou às manifestações para reafirmar aquilo que o feminismo tem proposto permanentemente: é preciso que a vida esteja no centro do debate político, econômico e social. Hoje, defender a vida,  no Brasil, passa necessariamente pela tarefa de derrotar o bolsonarismo. Isso significa garantir o fim desse governo e desse projeto de morte.

Ao todo a Marcha esteve presente nos atos nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Aracaju (SE), Belo Horizonte, Viçosa e Juiz de Fora (MG), Recife e Caruaru (PE), Belém e Marabá (PA), Palmas (TO), Currais Novos (PB), Salvador (BA), Corumbá (MS), Santana do Livramento e Porto Alegre (RS), Mossoró (RN), Registro, Campinas, Ubatuba e São Paulo (SP).

Veja alguns registros de como foi a participação da MMM nos atos:

 

Rio de Janeiro (RJ)

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No Rio de Janeiro houve grande mobilização. De acordo com Mariana Lacerda, militante da MMM que participou do ato, o povo está nas ruas porque sabe que esse governo é ainda mais perigoso que o vírus. “Nós não estamos seguras em casa, porque a bala perdida sempre encontra os nossos corpos [negros]”, declarou ela. “Esse governo nos mata de todas as formas”, completou.

Brasília (DF)

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Ainda pela manhã, as ruas de Brasília se encheram de pessoas que reivindicavam, urgentemente, o fim da política bolsonarista, classificada pelos movimentos sociais e populares como uma política de morte. Mais de 20 mil pessoas se concentraram na Esplanada dos Ministérios. A faixa da MMM dava a tônica da pauta da organização “Resistimos para viver, marchamos para transformar”. 

Aracaju (SE)

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Em Aracaju, teve manifestação logo cedo, “por vacina no braço e comida no prato”. No Brasil, a vacinação segue em ritmo lento, sintetizando o descaso do governo Bolsonaro com a vida da população. Desde o início da pandemia, o presidente foi contrário à vacina, promovendo desinformação e uma política que não só não protegeu as pessoas, como também deliberadamente as conduziu para a morte. 

Belo Horizonte (MG)

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Em Belo Horizonte, a manifestação aconteceu na tarde desta sábado (19) com mais de 100 mil pessoas. As feministas da Marcha Mundial reivindicaram, em seus gritos e faixas, vacinação para toda a população brasileira e a derrota do bolsonarismo. “É pela vida das mulheres”, dizia a bandeira.
Recife (PE)

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Em Recife, mesmo diante de um dia chuvoso, a população da capital e região metropolitana foi às ruas para exigir Fora Bolsonaro e A Marcha Mundial das Mulheres levou sua batucada, força e  esperança para as ruas! Compondo as comissões de biossegurança, infraestrutura e operativa, as militantes se juntaram  às outras organizações para construir essa jornada de luta nacional em defesa do povo brasileiro.

Belém e Marabá (PA)

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No Pará, cerca de 20 marchantes também participaram dos atos em Belém e Marabá durante a manhã. Os atos aconteceram de forma segura e tranquila, passando pelas principais vias das cidades. No dia anterior as militantes da Marcha se organizaram para levar a batucada e dar ritmo às exigências feministas por Fora Bolsonaro, vacina e auxílio emergencial.

Palmas (TO)

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Em Palmas as mulheres da Marcha foram as ruas para exigir vacina, comida e o fim do governo Bolsonaro também em clima de concentração para o 9º Encontro de Mulheres Estudantes da União Nacional dos Estudantes.

Currais Novos (PB)

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Em Currais Novos um ato simbólico aconteceu na praça do Cristo; em Pau dos Ferros teve uma grande e bonita Carreata; em Assu teve panfletaço; em Apodi teve outdoor contra o presidente que está deixando os cemitérios cheios e geladeiras vazias; em Natal, na Zona Norte, um muro lindo e forte com Fora Genocida!

Salvador (BA)

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Em Salvador o ato saiu de Campo Grande e caminhou até a Barra, e a presença feminista da Marcha Mundial das Mulheres reforçou o coro: “8 em cada 10 mortes maternas por covid-19 no mundo são no Brasil! FORA BOLSONARO!

Corumbá (MS)

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Em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, as mulheres não pouparam criatividade e cantavam “As mulheres só querem ser feliz, tirar Bolsonaro do comando do país e poder nos orgulhar e chamar a mulhereda para na rua vir lutar!”.

Santana do Livramento (RS)

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Em Santana do Livramento as marchantes também estiveram junto à movimentos e entidades por Fora Bolsonaro, usaram a criatividade com um cordão de bandeiras dos movimentos para ajudar no distanciamento e segurança do ato.

Registro (SP)

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No município de Registro, região do Vale do Ribeira, o ato simbólico contou com as militantes da Marcha e com forte presença Guarani, com a participação de habitantes das aldeias dos municípios de Pariquera-Açu, Miracatu e Iguape. 

Entoando os versos “segura sua mão na minha, segura sua mão na minha, bora fazer juntas o que não dá pra fazer sozinha”, as manifestantes reivindicaram o impeachment de Bolsonaro e vacina para toda a população.

Durante a manifestação, elas expressaram também o apoio à mobilização indígena contra o projeto de lei da bancada ruralista que busca demarcar as terras indígenas através de leis, desrespeitando a Constituição, e facilitar a entrega das terras à mineração.

Campinas (SP)

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Em Campinas, as mulheres da Marcha marcaram presença, novamente, com suas faixas estampadas com os dizeres “Fora Bolsonaro”. De acordo com as participantes, foi um ato forte e diverso. “Não tem mais saída não. Agora, são as mulheres, muitas mulheres, nas ruas, organizadas para acumular força e sair da lama em que estamos”, declarou Carol Cavazza, militante da MMM na cidade.

Ubatuba (SP)

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Em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, as marchantes se uniram a população que se concentrou no trevo do Caiçara e em seguida realizou um ato na praça da matriz para denunciar o marco das 500 mortes por covid-19 e o projeto genocida de Bolsonaro.

São Paulo (SP)

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Direto da Avenida Paulista, onde se reuniram mais de 100 mil manifestantes, as mulheres da MMM expressaram a indignação pela perda de 500 mil pessoas e relembraram que, além das vítimas da covid, a população brasileira, em especial, as mulheres, a população negra, indígenas, LGBts, trabalhadoras e trabalhadores, perderam também terra, renda, trabalho e familiares vítimas da violência policial.

“Porque nós conhecemos e aprendemos das mulheres negras que enterram seus filhos todos os dias na periferia, que luto só se processa com justiça. Porque perante a morte, polícia, covid, fome ou milícia, nós apresentamos um projeto de vida, de justiça, igualdade, de liberdade para todas nós. Em memória dos que se foram e pela vida do povo brasileiro, fora Bolsonaro! Viva o povo brasileiro! Viva a luta das mulheres!”, reafirmou em nome do movimento a militante Sarah de Roure.

 

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