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Seis anos da tragédia em Rana Plaza: no mundo todo, mulheres denunciarão trabalho precário. No Brasil, foco será Reforma da Previdência

No dia 24 de abril, a Marcha Mundial das Mulheres realizará em todo o país uma ação internacional de solidariedade feminista, discutindo a precarização do trabalho e da vida das mulheres, e lembrando a tragédia de Rana Plaza, que tirou a vida de centenas de trabalhadoras.

No dia 24 de abril de 2013, o edifício Rana Plaza desabou, levando à morte diversas trabalhadoras e trabalhadores das confecções têxteis que ocupavam o prédio. No dia anterior, uma imensa rachadura havia se aberto no prédio, deixando claro que ali não era um lugar adequado para tantas pessoas. As trabalhadoras e trabalhadores se recusaram a entrar, porém, a ameaça de perder o emprego obrigou-os a mais um dia de jornada. Rana Plaza desabou, causando 1138 mortes. 80% dessas pessoas eram mulheres. Das mais de 2500 feridas, muitas perderam permanentemente a capacidade de trabalhar.

Desde esse dia, nós, da Marcha Mundial das Mulheres, realizamos, no dia 24 de abril, uma ação de solidariedade internacional, relembrando a tragédia de Rana Plaza, quem foram as vítimas e quem foram os responsáveis: as grandes empresas, que pensam no lucro, e que para garanti-lo deixam até mesmo as trabalhadoras e trabalhadoras trabalhando em um prédio prestes a desabar. Por todo o mundo, a Marcha Mundial das Mulheres fará atividades e intervenções de denúncia das grandes corporações e empresas transnacionais que exploram o trabalho e precarizam a vida das mulheres.

Este ano, no Brasil, faremos uma ação discutindo a Reforma da Previdência e como ela precarizará a vida das mulheres brasileiras, gerando lucro somente para os bancos. Essa reforma tirará dinheiro do povo brasileiro, direcionando-o para os bancos, através principalmente da instituição do regime de capitalização para a previdência.

Por isso, nosso mote é: A reforma da previdência precariza nossas vidas. Privilegiados são os bancos!

Em São Paulo (SP), as mulheres se reunirão a partir das 11h no Sindicato dos Bancários (Rua São Bento, 413)  para ir juntas panfletar na rua 15 de Novembro.

Em Recife (PE), a ação será na Praça Derby, em frente ao Bradesco,  a partir das 12h.

Em Fortaleza (CE), acontecerá uma tribuna livre em frente ao Bradesco dos Peixinhos (Avenida Barão do Rio Branco, 1288), às 12h.

Em Sobral (CE), a atividade será em frente à Agência do INSS (Avenida Lúcia Sabóia, 131), às 12h,

Em Vitória (ES), as mulheres se reunirão às 12h em frente à Universidade Federal para uma panfletagem seguida de bate-papo.

Em Campinas (SP), as mulheres farão panfletagem às 12h na Praça da Catedral, e às 19h se reunirão no Sindicato dos Metalúrgicos para uma sessão do documentário “Cubanas, Mulheres em Revolução”.

Em Aracaju (SE), a ação será na Praça Fausto Cardoso a partir das 14h.

Em Belo Horizonte (MG), as mulheres se reunirão na Praça Sete às 12h.

Em Porto Alegre (RS), acontecerá uma panfletagem e tribuna aberta no Largo Glênio Peres das 10h às 16h.

Também haverá atividade em diversas outras cidades do Brasil, como Caruaru (PE), Brasília (DF), Natal (RN), Florianópolis e Blumenau (SC).

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