Capa / Notas e posicionamentos / Todo apoio à greve de mulheres na Argentina!

Todo apoio à greve de mulheres na Argentina!

card-greve-argentinas

O movimento feminista da Argentina se mobiliza para uma greve nacional de mulheres, que acontecerá neste dia 19 de outubro. Das 13h às 14h, as mulheres paralisarão todas as suas atividades. A partir das 17h, terá início a concentração para as manifestações de rua. Os atos reunirão as resistências contra a violência e o feminicídio, exigir do Estado respostas e políticas públicas, e homenagear Lucía Pérez, uma jovem de 16 anos que foi brutalmente estuprada, violentada e assassinada no último dia 8.

“Com as novas medidas econômicas do governo nacional, das províncias e do que se vive na América Latina com o avanço da direita, parece-nos indispensável entender o vínculo entre o econômico e o exercício da violência, que inclui, em graus extremos, o feminicídio”, disse Alejandra Angriman, secretária de Gênero da CTA-Autónoma, ao portal argentino Notas.

Nas redes, as tags #NiUmaMenos e #VivasNosQueremos serão usadas para visibilizar a mobilização e difundir as reivindicações das mulheres.

Além deste caso, outros sete assassinatos de mulheres foram registrados na Argentina nos últimos sete dias, em seguida do XXXI Encontro Nacional de Mulheres, que reuniu mais de 90 mil mulheres na cidade de Rosário, em três dias de formação, reflexão coletiva e manifestação.

No Brasil, a violência contra as mulheres é frequente, cruel e suas raízes patriarcais não são tão diferentes do que acontece na Argentina. Também são próximas as políticas de Temer e Macri, com cortes sociais, ajustes econômicos e a insuficiência no combate à violência e na emancipação das mulheres.

Ao mesmo tempo, a luta das mulheres ultrapassa as fronteiras e mostra que há caminhos. A Marcha Mundial das Mulheres do Brasil se solidariza e se inspira na mobilização histórica das argentinas. Reforçamos a urgência da ampla organização feminista, em terras brasileiras, pelo fim da violência contra as mulheres e por outra política econômica, livre do conservadorismo, do golpismo e do neoliberalismo. A América Latina vai ser toda feminista! Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

Sobre comunicadoras