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Economia feminista e ambientalismo são temas de nova publicação, disponível em três idiomas

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As discussões do webinário realizado no dia 30 de junho por Amigos da Terra Internacional, Marcha Mundial de Mulheres do Brasil e Rede Latinoamericana Mulheres Transformando a Economia motivaram a publicação de um texto, agora o conteúdo pode ser acessado nos três idiomas: português, espanhol e inglês

A publicação é uma transcrição editada da atividade que teve duração de duas horas, iniciando com a fala de Nalu Faria, integrante da Rede Latinoamericana Mulheres Transformando a Economia e do Comitê Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, agora autora do capítulo 1: “Economia Feminista: A sustentabilidade da vida como um eixo central frente a crise do Covid19”. A segunda convidada, Karin Nansen, presidenta da federação ambientalista Amigos da Terra Internacional, é autora do segundo capítulo: “Além da covid-19: crise de acumulação capitalista e saídas desde o Sul”.

“A recuperação justa passa por uma ruptura total com este modelo  heteropatriarcal, capitalista, racista, colonialista e destruidor da natureza. Portanto, a nossa resposta também tem que ser integral e apontar uma ruptura da lógica do capital e a construção com outro modelo. Na economia feminista, apontamos a importância de colocar a sustentabilidade da vida no centro. […] Temos que pensar o que vamos produzir, como e para quem, para responder às nossas necessidades, mas pensando também na reprodução, que é algo tão importante a partir do trabalho doméstico e de cuidados”,  extraído do texto de Nalu Faria.

Mais de 100 pessoas de pelo menos 17 nacionalidades participaram ao vivo do debate. Cerca de 10 pessoas pediram a fala para aprofundar reflexões e apontar caminhos que nos levem para uma recuperação justa, apontando saídas da crise imposta pelo sistema capitalista, patriarcal e racista. Algumas pistas indicadas pelos movimentos ali presentes estão agoras na publicação. A convergência dos movimentos sociais, a solidariedade internacionalista e a construção da soberania alimentar por meio da agroecologia são alguns dos caminhos que foram discutidos. 

“A recuperação não pode ser um retorno ao que foi considerado normal, porque ele representa, precisamente, a origem da crise (…). Precisamos reverter isso e avançar em direção à justiça em todas as suas dimensões – ambiental, social, econômica e de gênero – e também em direção à construção e fortalecimento da soberania de nossos povos e do poder popular, o poder dos nossos povos de tomar decisões.” Karin Nansen.

“É preciso pensar como a economia pode ser organizada de acordo com um projeto político popular, isto é, a partir do local, mas tendo sempre em perspectiva um projeto político popular que vá além do território e que integre os movimentos nesta perspectiva internacionalista e de classe, antirracista, anti-patriarcal”. Trecho extraído do capítulo 3 “A crise da Covid-19 e os desafios para os movimentos do Sul Global: tecendo intercâmbios”

Além de ler gratuitamente os textos em espanhol, português e inglês, ainda é possível ver a gravação completa com os idiomas originais no YouTube da Marcha Mundial das Mulheres do Brasil.

 

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