Capa / Notas e posicionamentos / Mulheres cubanas em solidariedade às brasileiras contra o golpe

Mulheres cubanas em solidariedade às brasileiras contra o golpe

20130309112724

Hoje durante a manhã, em um ato de solidariedade ao Brasil, a Federação de Mulheres Cubanas, coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, transmitiu ao mundo esta mensagem.

 

MENSAGEM DAS MULHERES CUBANAS. Ato de solidariedade ao Brasil.

Nós, mulheres cubanas, herdeiras das mais fiéis tradições heróicas da América e do Caribe, nos solidarizamos com todas as causas nobres e justas do mundo.

Hoje, estão proliferando na região ações de diferentes conotações políticas, econômicas e sociais que respondem a um plano de desestabilização da esquerda e dos movimentos progressistas.

Diante desta situação na América, nós cubanas apoiamos aos povos que lutam para manter um governo de esquerda e progressista. Desde a terra de Martí, de Fidel y de Raul continuaremos condenando as políticas ditatoriais, as guerras e os  fins neoliberais de governantes e seguidores vendidos aos Estados Unidos, que só favorecem os mais ricos.

A situação política que atravessa o nosso irmão povo brasileiro é também nossa causa. Por meio de artimanhas, querem tirar o poder de um governo legítimo, eleito pelo voto majoritário das brasileiras e dos brasileiros. O mandato de Dilma Rousseff incomoda as elites, por priorizar os mais pobres, aqueles que não tem, por ser quem levou pela primeira vez programas sociais em grande escala.

Nós mulheres da região temos a urgente responsabilidade de nos unir hoje mais do que nunca para impedir que se desarticule a integração dos nossos povos que custou infinitas perdas humanas. Mais uma vez, a pátria americana nos convoca. Respondamos ao legado histórico que nos deixaram Vilma, Manuela Sáenz e outras mulheres, que na época em que viveram, entregaram sua inteligência, força e estímulo. Mantenhamos seus sonhos e esperanças de batalhar por um mundo melhor.

As iniciativas regionais, que se mantêm como exemplo eficaz de integração latino-americana (ALBA, MERCOSUL, UNASUL e CELAC) não serão detidas por nenhuma força imperial, porque em cada nação, em cada irmão e em cada irmã sobra coragem para construir uma América nova, sem explorados nem exploradores, tal como sonhou José Martí, herói nacional da Independência de Cuba.

Desde o nosso povo que resiste por mais de cinquenta anos às ameaças e às mais cruéis ações do imperialismo, reafirmamos o compromisso de solidariedade com o governo democrático do Brasil e nosso mais firme apoio à presidenta Dilma Rousseff.

Seguiremos construindo alternativas para a integração, seguiremos lutando por uma América de paz, mais justa e igualitária. Nos levantaremos todos os dias para empreender um novo caminho da batalha. Nós mulheres da América somos parte destes povos guerreiros: não nos cansamos nem nos rendemos.

Sobre comunicadoras