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Plenária de movimentos sociais em São Paulo reivindica mais democracia

Movimentos Sociais reivindicam mais democracia.

Ontem, dia 31 de março, véspera dos 51 anos do Golpe Militar de 1964, os movimentos sociais e populares se reuniram em vários estados do país em uma Plenária Nacional por mais democracia, mais direitos e combate à corrupção. Com presença de mais de mil pessoas organizadas pela CUT, MMM, MAB, MST, UNE, CMP, CTB, Comitês do Plebiscito Popular, entre outros movimentos, e do presidente Lula, o encontro foi importante porque demarcou um posicionamento da esquerda diante da atual conjuntura e do avanço do conservadorismo.

Nalu Faria, integrante da SOF e da Marcha Mundial das Mulheres, fez uma fala no sentido de visibilizar a situação das mulheres no país e também dentro do movimento, pautando temas como trabalho doméstico, prostituição e aborto. É preciso estar presente nestes fóruns de esquerda enquanto mulheres feministas, pois o conservadorismo se volta também contra os direitos das mulheres e ruma a contramão da sociedade que queremos: se dizemos não ao patriarcado, também dizemos não ao capitalismo e ao racismo.

A plenária pautou reivindicações unitárias, como a reforma política, a reforma agrária, a democratização da mídia, os direitos trabalhistas, o combate à corrupção e, principalmente, mais democracia. A reivindicação da democracia é urgente porque, após 51 anos da Ditadura Militar, movimentos reacionários defendem um novo golpe e uma intervenção militar no governo de uma presidenta que foi eleita democraticamente. Os 21 anos de ditadura foram marcados pela censura, repressão, tortura e negação de direitos aos trabalhadores, às mulheres, aos negros e indígenas. Este pedaço da história do Brasil e de vários outros países da América Latina que passaram por golpes militares não pode ser enterrado na história. É preciso reiterar:

Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça.

A Plenária reafirmou que o momento da conjuntura é de resistência e luta na rua, pois os movimentos têm força e não irão aceitar retrocessos e nem golpismo.

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